O Bairrismo e o Ativismo de Sofá

Vitor
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Aos que  não me conhecem direito, sou filho de um gaúcho, que cresceu no Paraná e desenvolveu-se em Santa Catarina (digo que eu ele extraiu o melhor de cada estado), com uma catarinense, filha de imigrantes europeus. O resultado é essa perfeição de filho que eles tem (brinks!).

E o que essa introdução a concepção de minha pessoa nos leva? Eu não teria outro jeito de falar de bairrismo, sem falar de gaúchos. E já afirmando que meu pai é nascido naquele estado, quem sabe, possa me fazer ser compreendido mais facilmente.

Na wikipedia o termo é definido como "a qualidade ou ação de quem freqüenta ou habita um bairro. Quem defende os interesses do bairro ou de sua terra tanto por atitudes de defesa exacerbada de suas alegadas virtudes, ou, por analogia, da terra natal de alguém. O termo geralmente possui uma conotação negativa, pois ao bairrismo está vinculada uma visão estreita de mundo que menospreza tudo aquilo que vem de fora. Raramente o bairrismo é encarado como uma atitude positiva, de amor e orgulho por uma região."


Todo brazileiro (sim, com Z mesmo, termo utilizado pelo perfil @o_bairrista no twitter, que ironiza o bairrismo enfadonho que existe em terras gaúchas) já presenciou alguma vez algum gaúcho dizendo aos quatro ventos como é belo, o agraciado Rio Grande do Sul e as vantagens de ser gaúcho. Muitas vezes as pessoas passam do ponto, tornando aquilo que seria uma discussão saudável, em uma conversa chata e desagradável.

Mas ao contrario de que muita gente possa estar achando, não quero com esse post falar mal do bairrismo do estado vizinho (se você chegou até aqui sem saber, esclareço que todos que escrevem nesse blog residem em SC). O bairrismo de lá faz com que até o ativismo de sofá seja diferente e eficiente.

Conheci através do Youpix dois projetos de ciberativismo super interessantes e que estão mudando a cara da internet e das cidades gaúchas.

O primeiro O Porto Alegre Como Vamos se auto define como: Um movimento da sociedade civil, apartidário, sem fins lucrativos, que pretende ampliar a participação nas políticas publicas.


O movimento propõe aos governos ações de politicas publicas para melhorar o local onde vivem. E o melhor ouvindo a população (E o genial tá ai, já que os governantes não fazem isso, um movimento da sociedade civil o faz).  Já o segundo é o Shoot The Shit que realiza intervenções urbanas com o mesmo objetivo, melhorar o local onde vivem. Nesse caso, os dois grupos realizam ações na Grande Porto Alegre.


Com isso concluo que o bairrismo ruim é aquele que apenas exalta um local sem somar nada. E que sim, existem formas de bairrismo que funcionam e transformam. E mais uma coisa, que muitas vezes, você que é zoado por partilhar certas coisas, ou interessar-se por outras (com flashmobs, por exemplo) agora pode dizer que o ativismo de sofá está evoluindo.

Dados interessantes:


  • O termo “slacktivismo” foi cunhado em 1995… ou seja, ANTES DA MASSIFICAÇÃO DA INTERNET E SURGIMENTO DAS REDES SOCIAIS! Portanto, o ativismo do sofá não é um reflexo da sociedade digital atual.
  • Ativistas de sofá tem 2 vezes mais propensão a se voluntariar a algo
  • Ativistas de sofá tem 2 vezes mais propensão a pedir doações
  • Ativistas de sofá tem 4 vezes mais chance de conseguir assinaturas em petições
  • Ativistas de sofá tem 2 vezes mais chance de se juntar a passeatas
  • 80% dos usuários de internet fazem parte de algum grupo, contra 59% de quem vive offline

Durmam com essa!!!

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