Serial Killers

Após o caso Hichthofen em 2002, iniciei uma certa batalha interna para compreender o que se passa na cabeça de sociopatas mundo a fora. Li artigos na internet e livros da autora brasileira Illana Casoy, que tenta explicar e ilustra serial killers gringos e nacionais. Sou fascinado pelo tema, apesar de ainda hoje não compreender de forma logica o que leva uma pessoa a fazer barbaridades com as outras, mas enfim...

O tempo passou e em 2006 surgiu uma série que fascina até hoje: Dexter, baseada na obra de Jeff Lindsay(Darkly Dreaming Dexter) a série do canal americano Showtime esta em sua sexta temporada narrando a história do intrigante Dexter Morgan. Personagem que é vivido pelo ator Michael C. Hall e é tão bem construido que conseguiu transformar um anti-herói e um espetacular "bom moço". Dexter é um analista forense que tem como especialidade a dispersão do sangue, uma espécie de CSI da Polícia de Miami. O personagem além de tudo é filho de um policial, que aliás, descobre os anseios morbidos do filho e lhe fornece uma especie de guia para realizar seus assassinatos e regras de quem poderão ser as vítimas, transformando Morgan no primeiro Serial Killer de Serial Killers.

Dexter até hoje gera debates intensos questionando o motivo da identificação do público com a personagem, o que é fantástico, uma vez que o debate em questão, sempre levanta os motivos da sociedade americana ter tantos assassinos em série.

Na contramão de Dexter está Criminal Minds, uma série da CBS que trata de uma equipe de

especialistas do FBI que tem como objetivo em compreender e evitar ações de assassinos em série. Esta em especial trata de todos os tipos de sociopatas existentes: Sádicos, incendiários, mutiladores e por ai vai. Desperta, ao contrário de Dexter, um asco aos vilões, por mais que tente-se humanizar suas ações. O interessante da série é ver o quão parecidos, pelo menos no ato de pensar, estão os especialistas e os criminosos. Criminal Minds assim como CSI, gera muitas criticas dos serviços de inteligencia, que justificam que muitos episódios mostram a forma trabalho e investigação dos profissionais e cada dia que passa os envolvidos com crimes mórbidos estão mais espertos daquilo que farão e daquilo que não farão. O certo é que estamos vivendo em uma sociedade cada vez mais doente, gostando ou não, ficção ou não é interessante conhecer certos perfis que obras como estas nos ajudam a traçar das pessoas que nos cercam, mesmo nós mortais, não tendo tanta capacidade para isso e também tendo a noção de não poder desconfiar de tudo e todos.

Criminal Minds é exibida no Brasil pelo canal A&E e Dexter pelo LIV e são sem dúvidas duas séries sobre malucos, que voce não pode deixar de assisitir.