A Supremacia Reckoner!

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Ah, a Wizards e seus grandes ou não designers de jogos e suas brilhantes criações...

Eu sou o cara!!! Mooooo!!!!
Com a vinda de Gatecrash obtivemos acesso a várias novas e boas cartas para o formato Standard. Um dos pontos fortes de Gatecrash, bem como do bloco inteiro, são as Shock Lands. Com as novas shock lands, temos a possibilidade de utilizar novas combinações e deixar estratégias mais estáveis. Entretanto não são elas que tem dado o que falar nos últimos dias, mas sim uma criatura híbrida entre as cores branca e vermelha 3/3 de custo 3 e pagando 1 mana vermelha ou branca ganha iniciativa. Além disso, ela tem a habilidade de causar o mesmo dano que recebeu a criatura alvo ou jogador alvo. Estamos falando da vaquinha sensação do Magic, The Gathering estampas ilustradas no formato Standard, Boros Reckoner! (em português, Víndice dos Boros)


Desde o seu spoiler, o preço do card passou de meros cinco dólares para atuais vinte e cinco dólares. Portanto, em questão de três semanas teve um aumento de quinhentos porcento em seu valor. Ele figurou em quatro dos oito decks que fizeram Top 8 no Pro Tour de Montreal no dia 17 de fevereiro. Claro que o card já caiu no gosto de muitos, bem como já possui também críticos. Mas qual o motivo de tanto polêmica? E porque esse minotauro é tão forte?
O objetivo deste artigo é falar sobre a interação do Boros Reckoner no formato Standard e sobre o histórico de cards problemáticos criados pela Wizards.

Poder do card

Imagine uma tempestade que também é um gênio estratégico. É ele.” – Dars Gostok, capitão Punho de Fogo. 

Antes de o Boros Reckoner aparecer, tínhamos alguns monstros no formato. Um grande exemplo é o Thragtusk, que era staple nas listas de GP e PT. Vamos seguir neste exemplo então. A besta verde é utilizada tanto em decks control ou aggro, porque é de difícil remoção e dá life pra respirar no jogo. O Boros Reckoner prejudica bastante o Thragtusk, porque com ele na mesa, a besta não pode atacar e o token 3/3 que vem depois também é inútil frente à iniciativa do Reckoner. Isso sem falar na chance de, como o jogo desenvolvendo, tomar cinco de dano direto na vida devido a um combate entre os dois. E muitas vezes você não irá poder se dar a esse luxo. Este é um simples exemplo de como o Boros Reckoner respondeu a uma das maiores ameaças do ambiente. E não para por aí...
Você tem um deck ofensivo que utilizar as cores vermelha e/ou branca. O Boros Reckoner é uma excelente adição devido ao seu poder ofensivo. Ataca com iniciativa, dá dano no jogador mesmo sendo bloqueado, dá dano no jogador bloqueando, dá dano no jogador recebendo removal que dão dano (Searing Spear, por exemplo) e, além disso, tem um corpo 3/3 que é razoável. Portanto ele é uma excelente adição a decks aggro.
Você tem um deck defensivo, que visa controlar o jogo e utiliza as cores vermelha e/ou branca. Neste deck, o Boros Reckoner pode te comprar tempo, algo que pode significar a vitória para estes tipos de deck. O Boros Reckoner pode controlar o Field, bloqueando com iniciativa, ou matando duas criaturas em um block. Portanto é uma criatura que pode facilmente gerar card advantage fazendo um excelente 2-1. Opa, então ele também é bom em decks control.
Além disso, graças a sua forte habilidade de devolver o dano que ele recebe, apareceram diversas interações que permitem fazer combos, algo que estava em falta no formato Standard. Exemplos de “combos”.

Boros Reckoner + Boros Charm + Azorius Charm

A qualquer momento que o Boros Reckoner for receber dano, pode-se utilizar o Boros Charm pra deixar ele indestrutível e o Azorius Charm para dar life link ao boi. Com isso, basta direcionar o dano para ele mesmo e, como ele é indestrutível e pode levar qualquer quantidade de dano sem que este seja fatal, sendo que este processo pode ser repetido infinitamente. Como, por ter life link, todo dano que ele causa o seu controlador ganha a mesma quantidade de vida, então temos aqui um combo de vida infinita.


                    
Boros Reckoner + Blasphemous Act ou Harvest Pyre

Blasphemous Act e Harvest Pyre podem dar uma quantidade absurda de dano em criaturas. Basta utilizá-las no Boros Reckoner e direcionar o dano no adversário. Kabum!!!





                    
Ah, então o Boros Reckoner pode fazer um deck combo.
Que interessante! Quer dizer que o Boros Reckoner é bom em qualquer situação!!!! Ah, por isso ele é caro. É amigos, realmente temos aqui um card bem versátil e com um power level alto.
Ainda podemos citar que ele interage bem contra o Huntmasterof the Fells (que é um excelente card no formato), é imune a Ultimate Price, faz Mizzium Mortars, Bonfire of the Damned e Searing Spear saírem caros, mata qualquer criatura não importando o tamanho (desde que esta possa ser alvo de habilidade), entre outras utilidades.
Claro que ainda é cedo para dizer que ele é um gamebreaker do formato, até porque Gatecrash trouxe outras bombas (como por exemplo o Obzedat, Ghost Council). Isso nos leva a outra parte deste artigo, que é a polêmica que ele está causando.

A Polêmica: O Boros Reckoner é “roubado” ou não?

Que o jogador de Magic é chato exigente e crítico, todos sabemos. E quando sai um card forte, alguns viram fãs e outros reclamam criticam. Começam a sair comentários de que a Wizards errou, que o card vai quebrar o formato, que o card vai ultrapassar os cem reais, que é o novo Jace, the Mind Scuptor, que o card é ruim (por algum motivo aleatório defendido pelo crítico), que é apenas mais um bom card, entre outros. Já vimos isso antes.
O fato é que o power level do card é inegável. O ambiente possui removals que cuidam do minotauro, mas que não servem para as outras ameaças. E pra completar a histeria, o Boros Reckoner dominou o top 8 do PT de Montreal.
Por outro lado, no GP de Quebec que ocorreu no dia 24/02/2013, não tivemos nenhuma cópia da vaquinha nos decks top 8. E agora, como explicam isso?
Vou propor um ponto de vista aqui, meu ponto de vista, portanto sintam-se livres para discordar, concordar e criticar. A palavra aqui é histeria. Não tivemos tempo de testar o card a ponto de atestar todo o poder atribuido a ele. No começo, nem o Jace, the Mind Sculptor era unanimidade. O PT de Montreal foi o primeiro grande evento após Gatecrash, portanto um ambiente ainda em construção onde surgem decks e cards novos. O que posso dizer é que o card é muito forte, mas ainda é cedo para dizer que ele é um gamebreaker e um erro de conceito/desenvolvimento da Wizards.
Indo mais a fundo, a primeira vista, o card parece uma resposta ao poderoso Thragtusk. Já vimos isso antes e nem precisa ir tanto ao passado. Quando o Snapcaster Mage saiu, foi a mesma polêmica. Unido a Mana Leak, que era válido no Standard na época, tínhamos um controle absurdo. Então veio a Wizards e corrigiu um erro com outro erro, criando a escandalosa Cavern of Souls. Por coincidência, o desenvolvedor do card, Zac Hill, foi demitido. Coincidências... Outra historinha digna de nota é a do poderosíssimo deck UB de Fadas do bloco de Lorwyn. Era invencível na época, com cards de interação absurda, como Spellstutter Sprite e Bitterblossom. Com a supremacia das fadinhas, logo a Wizards começou a vomitar cards contra a estratégia, de uma forma que fica muito evidente o objetivo da criação dos mesmos (como, por exemplo Volcanic Fallout). Pra finalizar, a Wizards criou um monstro pra combater outro monstro, o deck Jund e seu Bloodbraid Elf que fazia duas mágicas pelo preço de uma. O resultado da estratégia da Wizards deu tão certo só que não, que o Jund é tier 1 em todos os formatos que ele pode jogar (incluindo Legacy). Portanto essa estratégia de criar cards poderosos para derrubar outros cards poderosos não é lá muito saudável para o jogo.
Outro ponto a se ressaltar é o da época de um dos mais poderosos decks da história do Standard, o CawBlade com Jace, the Mind Sculptor, Stoneforge Mystic e Batterskull. Esse deck dominava totalmente o ambiente, chegando a ter sete de oito decks iguais em top 8 de grandes eventos. Neste caso, a estratégia da Wizards foi banir os cards principais do deck faltando 3 meses pra suas respectivas edições caírem. Outra estratégia perigosa e que não ganhou muitos fãs.

Oi! Meu nome é Jace, the Mind Sculptor e eu ganho jogos sozinho!
Bom, esses são exemplos de fatos na história do Magic, the Gathering Estampas Ilustradas. Reforço o fato de que o Boros Reckoner É BOM, mas ainda não é desbalanceado. Ele ainda não possui nenhum deck escandalosamente vencedor. Portanto só o tempo dirá o que vai ocorrer. Além disso, não vi nenhuma lista decente usando ele no Modern e no Legacy. Vamos aguardar os próximos capítulos...
Fico à disposição para críticas, sugestões e discussão acerca do assunto. O objetivo do artigo é esse mesmo, levantar pontos de reflexão e discussão sobre o card no formato Standard.

O tempo perguntou pro tempo: Quanto tempo o tempo tem? – e o tempo respondeu pro tempo: O tempo tem o tempo que o tempo tem.

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