Em meio a grandes lançamentos de jogos de tiro como Call of Duty: Ghosts e Battlelfield 4, o TPN vem falar de um game pouco falado, mas muito bom, tanto em gráficos quanto em jogabilidade mas principalmente em história. Spec Ops: The Line.
Produzido pela 2K Games, foi lançado em 26 de junho de 2012. Spec Ops: The Line é um jogo de tiro em terceira pessoa que se passa em meio a uma Dubai destruída após uma série de tempestades de areia. O que faz os jogadores realmente gostarem desse game é principalmente sua trama, que diferente de outras séries, ela realmente chama a atenção e faz com que nos importemos com ela. O jogador é colocado em uma posição de reflexão. Cutscenes inseridas em momentos chaves, não deixam a história do 33º Batalhão dos Condenados naquele limbo descontinuado repleto de pulos temporais.
A equipe de desenvolvimento conseguiu em meio aos tiroteios frenéticos ainda colocar uma trilha rock’n roll irada, que não é só uma música de fundo, mas sim ambiente, colocada nos mega hotéis de Dubai. A campanha para um jogador de Spec Ops: The Line dá um baile no modo multiplayer do jogo, que cai no mesmo lugar comum de todos os outros, nem precisando ser mencionada, pois em meio a tantos ótimos jogos de tiro multiplayer, aqui ela nem faz falta.
Jogar Spec Ops: The Line é focar-se em três soldados das forças especias Delta, do exército norte americano: o Capitão Walker, o Tenente Adams e o Sargento Lugo.
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História
O jogo segue a história do Capitão Martin Walker (voz de Nolan North) que é enviado para um Dubai pós-apocalíptica acompanhado por uma equipa Delta Force. Anteriormente, Dubai era uma área rica e saudável com muitos cidadãos de classe alta, até que uma enorme tempestade de areia deixou a maior parte da cidade soterrada. Isto por fazer que muitas pessoas evacuassem a cidade, deixando apenas alguns.
Uma das pessoas que ficou foi o coronel do Exército Americano John Konrad (referencia ao autor de Heart of Darkness, Joseph Conrad), membro fundador da Delta Force, que se recusou a abandonar um complexo de treinos na cidade, tendo assim ficado a proteger, juntamente com os seus homens, os cidadãos que não conseguiram ser evacuados.
Depois de várias semanas sem nenhum contato, o exército suponha que o Cel. Konrad e os seus homens estariam perdidos na cidade até que um sinal muito fraco foi detectado. O exército teve assim uma razão para convocar o jogador e a sua equipa, que têm assim de infiltrar-se na cidade, neutralizar bandidos e sobreviver a tempestades de areia para descobrir o que se passou com Konrad e os seus homens. Através da narrativa do vídeo e do som é sugerido que Konrad poderá não ter motivações genuínas de permanecer em Dubai contra as suas ordens.
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Assim como SOCOM 4 e Ghost Recon Future Soldier, você precisa encarar seus inimigos ao mesmo tempo que ordena seu time da melhor forma possível. A mesma mecânica de dar ordens aos demais representantes do seu time encontrada nesses jogos, só que mais diminuta, sem muitas opções. Fica difícil, às vezes, mantê-los vivos até o próximo checkpoint, mas este é mais um ponto positivo do game. Ele não é Fácil!
Com o passar das missões, os conflitos morais entre os 3 personagens principais vai se agravando.
O combate em Spec Ops é intenso. Seja pela quantidade limitadíssima de balas que você possui no decorrer da campanha, pelo drama moral de ser obrigado a enfrentar justamente as pessoas que você está ali para salvar, as tempestades de areia que, vez ou outra acometem a região e também a quantidade de soldados inimigos que virão atrás de você. Esse combate é muito bem feito, e um tiro (dependendo do lugar, e não necessariamente sempre na cabeça), dá conta de um soldado, igual na vida real.
Um ou outro problema fica por conta da interação em tempo real dos soldados com certos objetos de cenário. Às vezes, quando estamos prestes a descer de rapel em algum prédio destruído, os personagens interagem de formas 'interessantes' com a corda necessária para tal. E armas autocolantes ficaram fora de moda depois de Max Payne 3.
A reclamação fica por conta do sistema de dano do jogo, que segue uma linha mais casual, a clássica 'geleia na tela' dos Call of Duty modernos. Recuperar vida apenas se escondendo dos tiros, em um ambiente que lhe obriga a poupar balas e pensar estrategicamente na melhor aproximação possível, com o intuito simples de evitar lutas desnecessárias, deixa tudo meio conflituoso. A meu ver isso não atrapalha, porque o jogo é envolvente e você vai ficando nervoso em meio ao conflito, tornando tudo mais plausível. O jogo não tem mapa, radar, nem marcação de vida. O jogador precisa agir como um soldado, mais que isso, como um sobrevivente.
Os soldados passam por situações estarrecedoras, mostrando uma história intrigante, que vai se desenrolando e surpreendendo mais e mais. O roteiro cinematográfico ficou a cargo de Walt Williams, focado em não exaltar nenhum lado do combate.
Se você não estiver afim de entrar na onda da galera e sair comprando os lançamentos blockbusters, dê uma chance ao Spec Ops: The Line. Você vai se surpreender com este jogo de guerra.
E pra quem curte cinema, o game é baseado no filme “Heart of Darkness” publicado em 1902 pelo britânico Heart of Darkness, o mesmo livro em que foi baseado o filme “Apocalypse Now” de Coppola.
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