Mais de metade dos 7 milhões de habitantes do planeta vive em áreas urbanas, e as megacidades, como Tóquio, Nova Déli, Xangai, Cidade do México e São Paulo, têm populações acima de 10 milhões, de acordo com estudo da ONU divulgado ontem.
Esta proporção deverá crescer, e as cidades terão mais de 6 bilhões de pessoas, diz a entidade. Por que tanta gente quer migrar para elas? John Wilmoth, diretor da divisão de população do departamento de economia e questões sociais da ONU, diz que isto se deve “à preferência das pessoas de sair das áreas rurais para centros urbanos, e à taxa de crescimento positivo da população mundial, que segundo as projeções deve ontinuar pelos próximos 35 anos.”
Grande parte do crescimento vai acontecer em países em desenvolvimento na Ásia e na África. A Índia deverá ter mais 404 milhões de habitantes, a China, 292 milhões, e a Nigéria, 212 milhões, tudo isso até 2050.
As cidades precisam estar preparadas para este influxo, com educação, transportes e habitações adequados, além de serviços de saúde, energia, infraestrutura e empregos, afirmou Wilmoth. “O que devemos temer são governos que não estão planejando para o crescimento. Espalhamentos podem acontecer, com o surgimento de favelas e cidades onde a vida não será agradável.”
Segundo ele, fornecer estes serviços para áreas urbanas densas é mais caro e menos perigoso para o ambiente do que fazer o mesmo para uma população rural e dispersa. A população urbana cresceu tão rápido que em 1990 havia apenas dez megacidades, e hoje elas são 28.
Enquanto isso, a população rural mundial, agora próxima de 3.4 bilhões, deverá atingir seu pico em 2020, depois do que começará a declinar para 3.1 bilhões em 2050. África e Ásia estão se urbanizando ligeiramente, mas ainda têm cerca de 90% de sua população vivendo no campo, informa a Scientific American.
Foto: Éole/Creative Commons
Fonte: Planeta Sustentável
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