Águas Sagradas

Desde as gotas de uma pia batismal para a dispersão das cinzas em um rio sagrado, a água abençoa nossas vidas.
Fotos de John Stanmeyer

Rio sagrado da Índia, o Ganges, fica com diversas lâmpadas de óleo flutuando durante o festival Dussehra Ganges em Haridwar. Hindus quando morrem, tem suas cinzas espalhadas em suas águas.

Uma mulher lança uma oferta sobre o rio Mekong, conhecido pelos laocianos como a "mãe das águas", durante o  Boun Pi Mai Lao, a celebração do Ano Novo em abril.

O Ano Novo no Laos é comemorado com muita água, que em algumas partes da cidade de Louangphrabang, a pressão da água cai para gotejamento. Conhecido como Boun Pi Mai Lao, a celebração em meados de Abril dura dias e inclui danças, desfiles e lançamento de água.

Uma família é regada com as bênçãos conferidas pela água sagrada conhecida como namon Laos, durante a celebração de Ano Novo em Louangphrabang. Acredita-se que a água também serve para afugentar os maus espíritos.

Uma cruz talhada para a Epifania no gelo do rio Kennebec Maine pelos paroquianos de St. Alexander Nevsky, onde a Igreja Ortodoxa Russa celebra o batismo de Cristo. A água da escultura vai abençoar a igreja.

Um peregrino abrange a renovação concedida por Saut d'Eau nas quedas na festa de Nossa Senhora dos Milagres, em Ville Bonheur, Haiti. Vudu e cristianismo se fundem e crentes rezam à Virgem. Dizem que alguns espíritos habitam a cachoeira.



O povo acredita que espíritos habitam a cachoeira Saut d'Eau em Ville Bonheur, Haiti. Uma mulher (usando um vestido azul) rende-se à presença de Danbala Wedo, o deus serpente, enquanto outros peregrinos banhamse nas águas geladas durante o festival de verão de Nossa Senhora dos Milagres. A celebração, uma mistura de crenças e práticas cristãs e vudu, relata uma aparição da Virgem Maria em cima de uma palmeira em 1847.

 

Para ser batizado, deve se aceitar uma nova vida em Cristo, de acordo com a Igreja Ortodoxa Grega. Stellios Theodore Gikas é mergulhado três vezes durante uma cerimônia na Catedral Patriarcal de S. Jorge, em Istambul, na Turquia.



A fé nas águas de cura de Lourdes, à espera por um milagre atrai seis milhões de peregrinos a cada ano até a gruta no sul da França, onde a Virgem apareceu para Bernadette Soubirous com 14 anos, em 1858.

Muçulmanos realizam wudu, o ritual de lavar antes das orações, no Beyazit Istambul Mesquita. "A limpeza é a metade da fé", disse Muhammad e seguidores.



"O banho é o paraíso do mundo", diz o vizir no clássico árabe As Mil e Uma Noites. O hammam ou banho de vapor, é um ponto de encontro importante na cultura islâmica. O Cemberlitas Hamami em Istambul, Turquia, construído em 1584, tem seções separadas para homens e mulheres.



Para nadar nas águas termais de Hierapolis, Pamukkale, na Turquia, está imerso em uma tradição de mais de 2.000 anos de idade. O spa termal foi criado pelos reis de Pérgamo, no século II A.C. e agora atrai cerca de dois milhões de turistas por ano. É reconhecido como um Patrimônio Mundial da UNESCO.



Um judeu hassídico na Ucrânia mergulha antes de Rosh Hashaná em uma piscina na pedreira que serve como um micvê, um corpo de água usado para limpeza espiritual.



A cachoeira sagrada no Grande Santuário de Tsubaki na Província de Mie, no Japão, lava as impurezas no ritual xintoísta conhecido como misogi Shuho, que celebra a comunhão entre os adoradores de cachoeira, e força criativa da vida do universo.

Em abril, no dia da lua cheia, milhares de hindus entram na fonte sagrada no templo Pura Empul Tirta na ilha de Bali, na Indonésia. A lenda diz que Indra, o senhor dos céus na mitologia hindu, criou as nascentes, que se crê ter propriedades curativas.

O Ganges é a mais santa das águas da Índia, os peregrinos acreditam que o rio purifica tudo o que toca. A água do Ganges, pensado para afastar os maus espíritos, é apresentada aos convidados do casamento em recipientes de cobre selado. Devotos despejam algumas gotas em seu banho diário. A morte, por vezes, éu um mergulho final. Os mortos são muitas vezes cremados nas suas margens.

Rio sagrado da Índia, o Ganges, fica com diversas lâmpadas de óleo flutuando durante o festival Dussehra Ganges em Haridwar. Hindus quando morrem, tem suas cinzas espalhadas em suas águas.

Fonte: National Geographic