“A Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados pelo TCP/IP que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. Ela carrega uma ampla variedade de recursos e serviços, incluindo os documentos interligados por meio de hiperligações daWorld Wide Web, e a infraestrutura para suportar correio eletrônico e serviços como comunicação instantânea e compartilhamento de arquivos.” Segundo a Wikipedia, mas nós sabemos que é muito mais que isso.
A internet nos possibilita ter acesso à informação rápida e em grande escala. Podemos acessar muitas fontes de dados de qualquer lugar do mundo, conhecer todas as culturas e formas de pensar, ter acesso a obras de grandes pensadores, mudar nossa forma de pensar, ou seja, quem usa a internet é esclarecido, (quem a usa para se informar claro), e tem opinião própria, e essa pessoa com opinião pode esclarecer outras pessoas, e se a internet chega a um grande número de pessoas, todas essas pessoas podem vir a ser esclarecidas.
É aí que está o problema da China e a Internet. A China quer ser a maior potência do mundo, está conseguindo isso. A população da China é gigantesca, e seria muito ruim para ela se as pessoas não apoiassem o governo do país. A internet abre as portas para o mundo, e quem mais a usa são os jovens, que serão o futuro da China. Ela é a terceira economia do mundo, e a previsão é que em 20 anos ela encoste nos EUA, e com certeza não quer que ninguém a atrapalhe. Por isso se impõe fortemente contra o avanço da internet no território chinês, criando várias proibições, impedindo o acesso à informação externa, e também impedindo que os chineses tenham opiniões contra o governo da grandiosa República Democrática da China.
O repórter Marcelo Tas, nas Olimpíadas de Pequim no ano de 2008, visitou a China, e fez perguntas para os jovens, que teoricamente irão comandar o país no futuro, uma pergunta simples de como a mistura de capitalismo e o comunismo podem levar a China. Alguns jovens não souberam responder e desconversam dizendo “Eu não sei o futuro da China, mas com certeza não sou eu quem decide”, Quem decide? Perguntou o repórter “Não é fácil dizer”, é a resposta, ou seja, eles não podem dizer quem comanda, não podem falar mal do governo comunista, para não sofrer algum tipo de represália, o jovem chinês não tem opinião política, não tem opinião de nada devido à forte pressão e lavagem cerebral que o governo impõe a eles.
Mas alguns estão com a cabeça um pouco aberta para o mundo ocidental e sabem a situação do país, um entrevistado disse “Na China, evidentemente, não há liberdade de expressão. Ouvi dizer que na América e Europa existe imprensa livre, Aqui, absolutamente, isso não existe’, O repórter perguntou se isso o incomodava, “Não temos escolha, não sou eu quem decide, não posso reclamar de nada”, Por que você não pode se rebelar? Perguntou Tas, “Porque na China é assim que as coisas são, o nosso governo decidiu que deveria ser assim, não adianta ir contra”. E pronto, nada mais. Os jovens chineses também não vêem o porquê se rebelar contra as opiniões do governo, pois ele está trazendo o progresso não é mesmo?
A mentalidade dos jovens é moldada, impossibilitados de ter qualquer contato exterior. Navegando na internet na China nota-se que é uma internet a parte, o Google é controlado pelo governo chinês. As fontes de informação, só as oficiais. O site de notícias da BBC inglesa é frequentemente bloqueado. Wikipedia é impossível consultar. Vários blogs são excluídos da web chinesa, especialmente os que denunciam e criticam esse tipo de bloqueio.
Em outubro de 2009, o Governo Chinês reforçou a vigilância em sites populares, exigindo que os usuários usem sua identidade verdadeira para postar comentários, apesar de os usuários e a mídia serem fortemente contrários. Até pouco tempo atrás os usuários poderiam dar sua opinião, por mais controversa que fosse de forma anônima. Apesar de que os sites são obrigados a filtrar os comentários e que pudesse rastrear via endereço de IP o usuário.
Os portais de notícias mais famosos da China, como o Sina, Netease e o Sohu, começaram a solicitar que usuários não-registrados se cadastrassem com seus nomes verdadeiros e documentos de identidade, segundo os editores de dois dos maiores portais afetados. A diretriz sobre essa mudança foi emitida confidencialmente no final de julho pelo Escritório do Conselho Estadual de Informação, um dos principais órgãos governamentais responsáveis por supervisionar a internet na China.
Um editor-chefe de um site, questionado sobre o motivo pelo qual a política foi implementada sem divulgação disse, “A influência da opinião pública na rede ainda é grande demais”. Desde 2003 os reguladores da internet chinesa vem tentando introduzir esse tipo de registro, os cibercafés obrigam os clientes a mostrar uma identificação, dizendo que serve para evitar usuários menores de idade.
Matéria do Repórter Marcelo Tas em Pequim, "É Proibido Perguntar"
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