Tem Preguiça Não, Lute Contra a Aids

Leonardo Fraga Teixeira
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Em 1987, a Assembleia Mundial de Saúde, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), decidiu transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids, para reforçar a solidariedade, a tolerância e a compreensão em relação às pessoas infectadas pelo HIV. No Brasil, a data foi estabelecida desde 1988. A sigla AIDS significa síndrome da imunodeficiência adquirida, mas sua origem vem do inglês – Acquired immunodefiecience syndrome.

Neste ano, os jovens gays de 15 a 24 anos são público prioritário da campanha. Boletim epidemiológico sobre HIV/Aids divulgado na última  segunda-feira (28) apontou o avanço da doença entre esse grupo, na contramão do que tem acontecido nesta faixa etária.
Ao longo dos últimos 12 anos, a porcentagem de casos na população de 15 a 24 anos caiu. Já entre os gays da mesma idade houve aumento de 10,1%. No ano passado, para cada 16 homossexuais dessa faixa etária vivendo com aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10.


Normalmente, as pessoas que adquirem o vírus HIV (vírus humano da imunodeficiência) desenvolvem várias doenças, pois o mesmo destrói os glóbulos brancos, conhecidos como linfócitos T-CD4, que dá imunidade ao organismo, enfraquecendo o meio de defesa natural. Com essa destruição, o corpo fica abatido, sujeito a adquirir doenças oportunistas, como pneumonias, infecções, herpes, diarreias e alguns tipos de câncer. Na fase mais avançada da doença, podem aparecer doenças mais graves, como tuberculose, meningite, dentre outras.

Os sintomas da doença podem demorar a aparecer, sendo um dos grandes problemas para a contaminação. A pessoa contaminada com o vírus HIV pode transmiti-lo através de relações sexuais ou de formas mais simples, quando o seu sangue entra em contato com o sangue de uma pessoa saudável. Isso é muito sério, pois esse contágio tem ocorrido em salões de beleza, através de alicates de unha, no uso compartilhado de agulhas, ao colocar piercings e fazer tatuagens, em consultórios odontológicos e etc. Existem casos de pessoas que já foram contaminadas em transfusões de sangue e mulheres grávidas também podem transmitir o vírus para os bebês.

O preconceito faz com que as pessoas acreditem que possam ser contaminadas por outras formas. Isso não é verdade! O vírus HIV não é transmitido através de relações sexuais com o uso de preservativos (camisinhas), beijo no rosto ou na boca, picada de insetos, abraços, contato com o suor do doente, compartilhar objetos, como toalhas, sabonetes, talheres, assentos de ônibus, piscinas e muito menos pelo ar.
Diferente do que muitos pensam, os doentes de AIDS ficam muito fragilizados emocionalmente, precisando de atenção, amor e carinho, amizade e proximidade das pessoas. No mundo todo, o continente africano é o mais contaminado com essa doença, mas os índices de maior aumento da contaminação pelo HIV aparecem na Ásia Central e no Leste Europeu.

De acordo com a Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina, só em 2009, seis municípios catarinenses notificaram o primeiro caso de Aids. São eles: Bom Jesus, Dona Emma, Guatambu, Lacerdópolis, Leoberto Leal e Nova Itaberaba. Dos 293 municípios, 249 têm notificação de Aids.
Florianópolis é a cidade com a maior incidência de casos de Aids no Estado. Somente em 2009, a Capital apresentou 180 casos da doença. No mesmo ano, Joinville notificou 173 e Criciúma 105. 

No Brasil, o governo oferece tratamento gratuito para os contaminados, mas nem sempre os medicamentos são encontrados nos hospitais que oferecem o tratamento. São coquetéis montados especificamente para combater a doença, sendo o custo  muito alto, dificultando a distribuição para os doentes. O remédio é muito agressivo para o organismo, que já se encontra fragilizado, causando efeitos colaterais muito sérios, como problemas renais e de fígado.

E preservativo é de graça em qualquer posto de saúde,
não vacila também né.
Entre 1986 e 1989, a taxa média de letalidade era de 29% entre os casos registrados da doença. Em 1994, o maior índice apresentado até os dias atuais: 51,5%. A média entre os anos de 1986 e 2009 é de 36,9%. 
O governo brasileiro oferece exame para constatar a doença, através dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que dão todo o apoio para os infectados.

A AIDS ainda não tem cura, mas você pode evitar contrair essa doença. Sempre previna-se, use preservativo. Como já dizia nosso amigo de lata Rice, "Vai trocar o óleo? Não dá mole com a ferrugem. A gente pode se dar mal"



          Ministério da Saúde
          AIDS.gov

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